A Escola de Maridos - Molière
700 palavras · 4 minutos tempo de leitura Literatura Estrangeira Romance
A Escola de Maridos: Uma Comédia de Molière
Molière, o mestre da comédia francesa, nos presenteia com uma de suas obras mais divertidas e perspicazes: A Escola de Maridos. Nesta peça, acompanhamos as desventuras de dois irmãos, Argan e Sganarelle, que têm visões muito diferentes sobre o casamento.
Argan é um homem rico e idoso que decide se casar com uma jovem e bela mulher chamada Agnès. Ele acredita que, por ser muito mais velho e experiente, poderá facilmente controlá-la e mantê-la fiel. No entanto, Argan não contava com a astúcia de Agnès, que logo percebe as intenções do marido e decide dar um jeito de escapar de suas garras.
Sganarelle, por outro lado, é um homem mais jovem e solteiro que acredita que o casamento é uma prisão. Ele tenta convencer Argan a desistir de se casar, mas sem sucesso. Então, Sganarelle decide ajudar Agnès a escapar do casamento, e juntos eles arquitetam um plano para enganar Argan.
A Escola de Maridos é uma comédia de erros e enganos, cheia de personagens hilariantes e situações absurdas. Molière usa seu humor afiado para criticar os costumes da sociedade francesa do século XVII, especialmente a hipocrisia e a ganância dos homens.
Personagens
- Argan: Um homem rico e idoso que decide se casar com uma jovem e bela mulher. Ele é possessivo e controlador, e acredita que pode facilmente controlar sua esposa.
- Sganarelle: O irmão mais novo de Argan. Ele é um homem mais jovem e solteiro que acredita que o casamento é uma prisão. Ele tenta convencer Argan a desistir de se casar, mas sem sucesso.
- Agnès: Uma jovem e bela mulher que se casa com Argan. Ela é inteligente e astuta, e logo percebe as intenções do marido. Ela decide dar um jeito de escapar de suas garras.
- Dorine: A criada de Agnès. Ela é uma mulher esperta e bem-humorada que ajuda Agnès a escapar do casamento.
Enredo
A peça começa com Argan e Sganarelle discutindo sobre o casamento. Argan está decidido a se casar, enquanto Sganarelle tenta convencê-lo a desistir. Argan acaba se casando com Agnès, mas logo percebe que ela não é tão submissa quanto ele pensava. Agnès começa a se rebelar contra as ordens do marido, e Argan fica cada vez mais furioso.
Sganarelle decide ajudar Agnès a escapar do casamento, e juntos eles arquitetam um plano para enganar Argan. Eles fazem Argan acreditar que Agnès está tendo um caso com outro homem, e Argan fica tão furioso que decide se divorciar dela.
No final, Agnès se casa com Sganarelle, e Argan fica sozinho. A peça termina com uma moral da história: "O casamento é uma loteria, e você nunca sabe o que vai ganhar."
Temas
- O casamento: Molière usa a comédia para criticar os costumes do casamento na sociedade francesa do século XVII. Ele mostra como o casamento pode ser uma prisão para as mulheres, e como os homens muitas vezes usam o casamento para controlar e oprimir as mulheres.
- A hipocrisia: Molière também critica a hipocrisia da sociedade francesa. Ele mostra como as pessoas muitas vezes fingem ser virtuosas e religiosas, mas na verdade são corruptas e egoístas.
- A ganância: Molière também critica a ganância da sociedade francesa. Ele mostra como as pessoas muitas vezes são movidas pelo dinheiro e pelo poder, e como isso pode levar à corrupção e à injustiça.
Conclusão
A Escola de Maridos é uma comédia de erros e enganos, cheia de personagens hilariantes e situações absurdas. Molière usa seu humor afiado para criticar os costumes da sociedade francesa do século XVII, especialmente a hipocrisia e a ganância dos homens. A peça é uma leitura obrigatória para qualquer fã de comédia e para qualquer pessoa interessada na história da França.
Sobre o Autor
Molière (1622-1673) foi um dramaturgo, ator e diretor de teatro francês. Ele é considerado um dos maiores escritores da literatura francesa e um dos mestres da comédia. Molière escreveu mais de 30 peças de teatro, incluindo algumas de suas obras mais famosas, como "O Avarento", "O Misantropo" e "Tartufo". Suas peças são conhecidas por seu humor afiado, sua crítica social e seus personagens hilariantes. Molière morreu em Paris em 1673, aos 51 anos.