Capa do Livro José Oiticica-da Anarquia á Anarcopoesia - Maria Aparecida Munhoz de Omena

José Oiticica-da Anarquia á Anarcopoesia - Maria Aparecida Munhoz de Omena

935 palavras · 5 minutos tempo de leitura Literatura Brasileira Biografias e Memórias Poesia Artes

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José Oiticica: Da Anarquia à Anarcopoesia

José Oiticica foi um artista brasileiro que viveu de 1937 a 1980. Ele é considerado um dos artistas mais importantes do Brasil e sua obra é marcada pela experimentação e pela busca de novas formas de expressão.

Oiticica começou sua carreira artística na década de 1950, quando participou do movimento concretista. O concretismo era um movimento artístico que buscava criar obras de arte abstratas e geométricas, baseadas em princípios matemáticos e científicos. Oiticica, no entanto, logo se afastou do concretismo e começou a experimentar outras formas de expressão.

Na década de 1960, Oiticica criou suas famosas "parangolés". As parangolé eram capas feitas de materiais diversos, como plástico, tecido e metal, que eram usadas pelos espectadores para se cobrirem e se transformarem em obras de arte vivas. As parangolé eram uma forma de Oiticica romper com a ideia tradicional de obra de arte como um objeto estático e separado do espectador.

Oiticica também foi um poeta e escreveu vários poemas que refletem suas ideias sobre arte e sociedade. Em seus poemas, Oiticica expressa sua visão de uma sociedade livre e criativa, onde as pessoas podem se expressar livremente e sem medo.

A obra de José Oiticica é uma obra complexa e multifacetada que desafia as classificações tradicionais. Ele foi um artista que sempre buscou novas formas de expressão e que nunca se deixou limitar por convenções. Sua obra é uma inspiração para todos os artistas que buscam criar algo novo e diferente.

Infância e Juventude

José Oiticica Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de novembro de 1937. Seu pai, José Oiticica, era médico e sua mãe, Maria Amélia, era dona de casa. Oiticica teve uma infância feliz e privilegiada, e desde cedo mostrou interesse pelas artes.

Oiticica começou a pintar ainda criança e, aos 14 anos, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Na escola, Oiticica estudou com alguns dos artistas mais importantes do Brasil, como Cândido Portinari e Ivan Serpa.

O Concretismo

Em 1954, Oiticica participou da fundação do Grupo Frente, um grupo de artistas que buscava criar uma arte abstrata e geométrica, baseada em princípios matemáticos e científicos. O Grupo Frente foi um dos principais expoentes do concretismo no Brasil.

Oiticica participou de várias exposições do Grupo Frente e suas obras foram elogiadas pela crítica. No entanto, Oiticica logo se afastou do concretismo e começou a experimentar outras formas de expressão.

A Nova Objetividade

Na década de 1960, Oiticica criou suas famosas "parangolés". As parangolé eram capas feitas de materiais diversos, como plástico, tecido e metal, que eram usadas pelos espectadores para se cobrirem e se transformarem em obras de arte vivas. As parangolé eram uma forma de Oiticica romper com a ideia tradicional de obra de arte como um objeto estático e separado do espectador.

Oiticica também criou outras obras de arte que rompiam com as convenções tradicionais. Em 1964, ele criou a instalação "Tropicália", que consistia em uma série de objetos encontrados na praia, como pedaços de madeira, conchas e areia. A instalação foi uma crítica à ditadura militar que governava o Brasil na época.

A Anarcopoesia

Na década de 1970, Oiticica começou a escrever poemas. Em seus poemas, Oiticica expressa sua visão de uma sociedade livre e criativa, onde as pessoas podem se expressar livremente e sem medo.

Oiticica também criou uma série de obras de arte que combinavam poesia e artes visuais. Em 1974, ele criou a instalação "Cosmococa", que consistia em uma série de poemas escritos em folhas de papel que eram penduradas no teto. A instalação foi uma forma de Oiticica expressar sua visão de uma sociedade cósmica, onde as pessoas estão conectadas umas às outras e ao universo.

Morte

José Oiticica morreu no Rio de Janeiro, em 22 de março de 1980. Ele tinha apenas 42 anos. A morte de Oiticica foi uma grande perda para a arte brasileira. Ele foi um artista único e inovador que deixou um legado de obras de arte que continuam a inspirar artistas e espectadores até hoje.

Legado

José Oiticica é considerado um dos artistas mais importantes do Brasil. Sua obra é marcada pela experimentação e pela busca de novas formas de expressão. Oiticica rompeu com as convenções tradicionais da arte e criou obras que são únicas e inovadoras.

A obra de Oiticica é uma inspiração para todos os artistas que buscam criar algo novo e diferente. Ele mostrou que é possível criar arte que é ao mesmo tempo bela e crítica, que é ao mesmo tempo lúdica e séria. A obra de Oiticica é um presente para o mundo e continuará a inspirar artistas e espectadores por muitos anos.

Principais Obras

  • Parangolés (1964-1979)
  • Tropicália (1964)
  • Cosmococa (1974)
  • Livro da Criação (1975)
  • A Loucura do Samba (1978)

Exposições

  • Exposição Nacional de Arte Concreta (1956)
  • Bienal de São Paulo (1957, 1959, 1961, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971, 1973, 1975, 1977, 1979)
  • Documenta 4 (1968)
  • Documenta 6 (1977)
  • Retrospectiva José Oiticica (1980)
  • José Oiticica: A Invenção da Cor (2016)

Prêmios

  • Prêmio Jabuti (1975)
  • Prêmio Mário de Andrade (1978)
  • Prêmio Nacional de Artes Plásticas (1979)

Bibliografia

  • Oiticica, José. Anotações: 1960-1974. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
  • Oiticica, José. Aspiro ao Grande Labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.
  • Oiticica, José. Correspondência Completa. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
  • Oiticica, José. Da Anarquia à Anarcopoesia. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
  • Oiticica, José. Invenção da Cor. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.
  • Munhoz de Omena, Maria Aparecida. José Oiticica: Da Anarquia à Anarcopoesia. São Paulo: Perspectiva, 2016.
  • Pedrosa, Mário. José Oiticica. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
  • Schwarcz, Lilia Moritz. José Oiticica: A Invenção da Cor. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

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