Jornal Pasquim Ano IX - Nº 448 - jaguar e ziraldo
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Jornal Pasquim: Ano IX - Nº 448 - Jaguar e Ziraldo
O Jornal Pasquim foi um semanário brasileiro de humor político e comportamento, publicado entre 1969 e 1991. Fundado por Jaguar e Ziraldo, o Pasquim se tornou um dos principais veículos de imprensa alternativa do país, conhecido por sua sátira ácida e irreverente.
O número 448 do Pasquim, publicado em 1979, é um exemplo clássico do humor e da crítica política do jornal. A capa traz uma charge de Jaguar mostrando um homem com uma cabeça de burro, representando o então presidente João Figueiredo, sendo conduzido por um militar. O título da charge, "O burro na sela", é uma referência à famosa frase de Napoleão Bonaparte: "Um burro na sela é sempre melhor do que um cavalo sem cabeça".
O Pasquim e a Ditadura Militar
O Pasquim foi um dos principais veículos de imprensa a criticar a ditadura militar brasileira (1964-1985). O jornal não poupava ninguém, desde os militares no poder até os intelectuais e artistas que colaboravam com o regime.
Uma das charges mais famosas do Pasquim é a de Jaguar mostrando um general com uma cabeça de porco, representando o então ministro do Exército, Sílvio Frota. A charge foi publicada em 1970, durante a Operação Bandeirantes, uma operação militar que visava reprimir a guerrilha urbana.
O Humor do Pasquim
O humor do Pasquim era ácido, irreverente e muitas vezes politicamente incorreto. O jornal não tinha medo de fazer piadas sobre temas polêmicos, como sexo, religião e política.
Uma das seções mais populares do Pasquim era a "Caixa-Preta", que publicava cartas de leitores com críticas e sugestões ao jornal. As cartas eram muitas vezes hilárias, e o Pasquim não perdia a oportunidade de fazer piadas com elas.
O Legado do Pasquim
O Pasquim deixou um legado importante para a imprensa brasileira. O jornal mostrou que é possível fazer humor político de forma inteligente e bem-humorada, sem deixar de ser crítico e incisivo.
O Pasquim também ajudou a formar uma geração de jornalistas e humoristas que continuam a fazer história na imprensa brasileira. Nomes como Millôr Fernandes, Paulo Francis, Ziraldo e Jaguar são alguns dos que passaram pelo Pasquim e deixaram sua marca no jornalismo brasileiro.
Conclusão
O Jornal Pasquim foi um marco na história da imprensa brasileira. O jornal foi um veículo de resistência à ditadura militar e ajudou a formar uma geração de jornalistas e humoristas que continuam a fazer história na imprensa brasileira.
O Pasquim é um jornal que deve ser lido e relido por todos aqueles que se interessam por humor, política e história do Brasil.