Jornal Pasquim Ano IX - Nº 428 - jaguar e ziraldo
518 palavras · 3 minutos tempo de leitura HQs e Mangás Literatura Brasileira Artes
O Pasquim: Uma História de Humor e Subversão
O Pasquim foi um jornal brasileiro de humor e crítica política que circulou de 1969 a 1991. Fundado por Jaguar e Ziraldo, o jornal rapidamente se tornou um dos mais influentes veículos de comunicação do país, conhecido por sua sátira afiada e sua postura crítica em relação ao regime militar.
O Início do Pasquim
O Pasquim surgiu em um momento de grande repressão política no Brasil. A ditadura militar estava no auge, e qualquer forma de oposição ao regime era duramente reprimida. Foi nesse contexto que Jaguar e Ziraldo decidiram criar um jornal que fosse capaz de fazer humor com a situação política do país, sem deixar de denunciar as arbitrariedades do regime.
O primeiro número do Pasquim foi publicado em 26 de junho de 1969. O jornal era impresso em formato tabloide e tinha uma tiragem inicial de apenas 20 mil exemplares. No entanto, o Pasquim rapidamente ganhou popularidade, e sua tiragem chegou a ultrapassar os 100 mil exemplares.
O Humor do Pasquim
O humor do Pasquim era ácido e irreverente. O jornal não poupava ninguém, desde os políticos até os militares. As charges e os textos publicados no Pasquim eram muitas vezes considerados subversivos, e o jornal chegou a ser apreendido várias vezes pela censura.
No entanto, o Pasquim nunca se deixou intimidar pela censura. O jornal continuou a publicar suas críticas ao regime militar, e sua popularidade só aumentava. O Pasquim se tornou um símbolo da resistência à ditadura, e sua influência foi fundamental para a queda do regime em 1985.
O Legado do Pasquim
O Pasquim deixou um legado importante para o jornalismo brasileiro. O jornal mostrou que é possível fazer humor com a política, sem deixar de denunciar as injustiças sociais. O Pasquim também ajudou a formar uma geração de jornalistas e humoristas que continuam a fazer a diferença no Brasil.
Os Personagens do Pasquim
O Pasquim tinha um elenco de personagens inesquecíveis. Entre eles, estavam:
- O General Guararapes, um militar linha-dura que representava a ditadura militar.
- O Capitão Zeferino, um militar corrupto que sempre estava envolvido em esquemas escusos.
- O Professor Silva, um intelectual que fazia críticas bem-humoradas à sociedade brasileira.
- A Dona Clotilde, uma dona de casa que representava a classe média brasileira.
- O Zé Carioca, um malandro carioca que sempre estava se metendo em confusões.
Esses personagens eram muito populares entre os leitores do Pasquim, e ajudaram a tornar o jornal ainda mais divertido e interessante.
O Fim do Pasquim
O Pasquim circulou até 1991, quando foi fechado por problemas financeiros. No entanto, o legado do jornal continua vivo. O Pasquim é considerado um dos jornais mais importantes da história do Brasil, e sua influência pode ser sentida até hoje.
Conclusão
O Pasquim foi um jornal único e especial. O jornal conseguiu fazer humor com a política, sem deixar de denunciar as injustiças sociais. O Pasquim também ajudou a formar uma geração de jornalistas e humoristas que continuam a fazer a diferença no Brasil. O legado do Pasquim é inestimável, e o jornal continuará a ser lembrado por muitos anos.