Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha Minas Gerais - Carolina Antunes
451 palavras · 3 minutos tempo de leitura Linguística Literatura Brasileira Biografias e Memórias Geografia e História
Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha Minas Gerais - Carolina Antunes
O livro "Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha Minas Gerais", de Carolina Antunes, é uma obra fascinante que mergulha no rico dialeto falado pelos moradores do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Com mais de 2.000 palavras e expressões coletadas ao longo de anos de pesquisa, o dicionário é um tesouro para quem se interessa por linguística, cultura e história regional.
Um mergulho na cultura do Vale do Jequitinhonha
O Vale do Jequitinhonha é uma região única no Brasil, com uma cultura e tradições próprias que se refletem na linguagem falada por seus moradores. O dialeto local é uma mistura de português arcaico, indígena e africano, e é repleto de palavras e expressões que não são encontradas em nenhuma outra parte do país.
Um dicionário para todos
O "Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha Minas Gerais" é uma obra acessível e divertida, que pode ser apreciada por pessoas de todas as idades e níveis de conhecimento. O livro é organizado de forma clara e didática, com verbetes curtos e bem-humorados que explicam o significado de cada palavra ou expressão.
Um patrimônio cultural
O dialeto do Vale do Jequitinhonha é um patrimônio cultural de inestimável valor, e o "Dicionário do Dialeto Rural no Vale do Jequitinhonha Minas Gerais" é uma obra fundamental para a preservação dessa riqueza linguística. O livro é um convite a conhecer e celebrar a diversidade cultural do Brasil, e a descobrir as belezas e encantos do Vale do Jequitinhonha.
Alguns exemplos de palavras e expressões do dialeto do Vale do Jequitinhonha:
- Abestado: bobo, tolo.
- Afiar: amolar.
- Aguardente: cachaça.
- Arre égua: expressão de surpresa ou espanto.
- Bicho: animal.
- Bulir: mexer.
- Cabra: homem.
- Catinga: cheiro forte e desagradável.
- Chimarrão: chá de erva-mate.
- Coisa: objeto.
- Corno: marido traído.
- Desembucha: fala logo, diz logo.
- Emprestar: dar algo emprestado.
- Encher o saco: importunar.
- Falar fino: falar de forma rebuscada.
- Ficar na mão: ser deixado na mão.
- Fofoca: mexerico.
- Fubá: farinha de milho.
- Galo: homem mulherengo.
- Garoa: chuva fina.
- Guampa: cuia.
- Iaiá: mulher rica e mimada.
- Jabuticaba: fruta típica do Brasil.
- Jegue: burro.
- Laranja: fruta cítrica.
- Macaxeira: aipim.
- Mandioca: aipim.
- Marmelada: doce de marmelo.
- Matuto: caipira.
- Mentira: mentira.
- Moleque: menino.
- Mulher: mulher.
- Nego: negro.
- Oia: olha.
- Ôpa: expressão de surpresa ou espanto.
- Pau: madeira.
- Pé de moleque: doce de rapadura.
- Pinga: cachaça.
- Porra: palavrão.
- Quebra-pau: briga.
- Quiabo: legume.
- Rabo de saia: mulherengo.
- Rapadura: doce de açúcar mascavo.
- Saci: personagem do folclore brasileiro.
- Sinhá: mulher rica e mimada.
- Sopa: caldo.
- Tapioca: goma de mandioca.
- Tempero: tempero.
- Tira-gosto: petisco.
- Uai: expressão de surpresa ou espanto.
- Véio: velho.
- Xô: expressão para espantar animais ou pessoas.
- Zoiudo: ciumento.