SEMINARIO-LIVRO 18 - Lacan Jacques
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Seminário - Livro 18: De um discurso que não fosse semblante
O livro 18 do Seminário de Lacan, intitulado "De um discurso que não fosse semblante", é uma obra complexa e desafiadora, mas também profundamente recompensadora. Nele, Lacan se propõe a explorar a relação entre linguagem e realidade, e a forma como o discurso pode ser usado para criar ilusões e distorções.
O que é um semblante?
Um semblante é algo que parece ser real, mas não é. É uma ilusão, uma representação falsa da realidade. Lacan argumenta que o discurso é muitas vezes usado para criar semblantes, e que isso pode ter consequências perigosas.
O discurso do mestre
Um dos exemplos mais comuns de discurso que cria semblantes é o discurso do mestre. O mestre é alguém que é visto como tendo autoridade e conhecimento, e seu discurso é muitas vezes tomado como verdade. No entanto, Lacan argumenta que o discurso do mestre é muitas vezes baseado em ilusões e mentiras.
O discurso do analista
O discurso do analista é diferente do discurso do mestre. O analista não é alguém que é visto como tendo autoridade e conhecimento, mas sim alguém que ajuda o paciente a descobrir sua própria verdade. O discurso do analista é baseado na escuta e na compreensão, e não na imposição de ideias.
O discurso do capitalista
Outro exemplo de discurso que cria semblantes é o discurso do capitalista. O capitalista é alguém que está interessado em lucro, e seu discurso é muitas vezes usado para criar ilusões sobre o valor das coisas. Lacan argumenta que o discurso do capitalista é baseado na exploração e na alienação, e que isso pode ter consequências devastadoras para a sociedade.
O discurso do amor
O discurso do amor é um discurso que é baseado na ilusão. O amante vê o amado como sendo perfeito, e seu discurso é muitas vezes usado para expressar essa perfeição. No entanto, Lacan argumenta que o discurso do amor é muitas vezes baseado em uma idealização do amado, e que isso pode levar à desilusão.
O discurso da ciência
O discurso da ciência é um discurso que é baseado na razão e na lógica. O cientista é alguém que busca entender o mundo natural, e seu discurso é muitas vezes usado para expressar essa compreensão. No entanto, Lacan argumenta que o discurso da ciência é muitas vezes baseado em suposições e abstrações, e que isso pode levar a erros.
O discurso da religião
O discurso da religião é um discurso que é baseado na fé. O religioso é alguém que acredita em Deus, e seu discurso é muitas vezes usado para expressar essa fé. No entanto, Lacan argumenta que o discurso da religião é muitas vezes baseado em mitos e superstições, e que isso pode levar à intolerância e à violência.
O discurso da filosofia
O discurso da filosofia é um discurso que é baseado na razão e na lógica. O filósofo é alguém que busca entender o mundo, e seu discurso é muitas vezes usado para expressar essa compreensão. No entanto, Lacan argumenta que o discurso da filosofia é muitas vezes baseado em abstrações e suposições, e que isso pode levar a erros.
O discurso da psicanálise
O discurso da psicanálise é um discurso que é baseado na escuta e na compreensão. O psicanalista é alguém que ajuda o paciente a descobrir sua própria verdade, e seu discurso é muitas vezes usado para expressar essa verdade. Lacan argumenta que o discurso da psicanálise é o único discurso que não é baseado em semblantes, e que é o único discurso que pode levar à verdadeira liberdade.
Conclusão
O livro 18 do Seminário de Lacan é uma obra complexa e desafiadora, mas também profundamente recompensadora. Nele, Lacan se propõe a explorar a relação entre linguagem e realidade, e a forma como o discurso pode ser usado para criar ilusões e distorções. O livro é essencial para qualquer pessoa interessada em psicanálise, filosofia ou teoria da linguagem.