Línguas Cortadas? Medo e Silenciamento no Trabalho do Professor - Léa da Cruz

598 palavras · 3 minutos tempo de leitura Linguística Literatura Brasileira Biografias e Memórias

Línguas Cortadas? Medo e Silenciamento no Trabalho do Professor

O livro "Línguas Cortadas? Medo e Silenciamento no Trabalho do Professor", de Léa da Cruz, é uma obra fundamental para entender a realidade do trabalho docente no Brasil. A autora, que é professora e pesquisadora, traz à tona um tema pouco discutido: o medo e o silenciamento que permeiam o cotidiano dos professores.

O medo

O medo é um sentimento presente na vida de todos os professores. Medo de ser agredido, de ser demitido, de não ser respeitado, de não conseguir dar conta das demandas do trabalho, de não ser um bom professor. O medo paralisa, inibe e impede que os professores se expressem livremente.

O silenciamento

O silenciamento é uma consequência do medo. Quando os professores têm medo, eles se calam. Não falam sobre os problemas que enfrentam, não denunciam as injustiças, não reivindicam seus direitos. O silenciamento é uma forma de controle social que impede que os professores se organizem e lutem por uma educação melhor.

As causas do medo e do silenciamento

O medo e o silenciamento dos professores têm várias causas. Algumas delas são:

• A precarização do trabalho docente: os professores brasileiros trabalham em condições precárias, com baixos salários, sem infraestrutura adequada e sem apoio do governo. Isso os torna vulneráveis a todo tipo de violência.
• A cultura do autoritarismo: a cultura do autoritarismo é muito forte na sociedade brasileira. Isso se reflete na escola, onde os professores são vistos como autoridades que devem ser obedecidas sem questionamentos.
• A falta de valorização da educação: a educação não é valorizada no Brasil. Isso se reflete no baixo investimento do governo na área e na desvalorização dos professores.

As consequências do medo e do silenciamento

O medo e o silenciamento dos professores têm várias consequências negativas para a educação. Algumas delas são:

• A baixa qualidade do ensino: o medo e o silenciamento impedem que os professores se expressem livremente e ensinem de forma crítica. Isso resulta em uma educação de baixa qualidade, que não prepara os alunos para o mercado de trabalho e para a vida em sociedade.
• A evasão escolar: o medo e o silenciamento também contribuem para a evasão escolar. Os alunos que não se sentem respeitados e valorizados pelos professores tendem a abandonar a escola.
• A violência escolar: o medo e o silenciamento criam um ambiente de tensão e violência na escola. Os alunos que se sentem oprimidos pelos professores tendem a se revoltar e a praticar atos de violência.

O que fazer?

O livro "Línguas Cortadas? Medo e Silenciamento no Trabalho do Professor" é um chamado para a ação. A autora propõe algumas medidas para combater o medo e o silenciamento dos professores. Algumas delas são:

• Valorizar a educação: o governo precisa investir mais na educação e valorizar os professores. Isso significa aumentar os salários, melhorar a infraestrutura das escolas e dar mais autonomia aos professores.
• Democratizar a escola: a escola precisa ser democratizada para que os professores tenham voz e vez. Isso significa acabar com a cultura do autoritarismo e promover a participação dos professores na gestão da escola.
• Fortalecer os sindicatos: os sindicatos são importantes para defender os direitos dos professores. Eles precisam ser fortalecidos para que possam negociar melhores condições de trabalho para os professores.

O livro "Línguas Cortadas? Medo e Silenciamento no Trabalho do Professor" é uma leitura essencial para todos os que se interessam pela educação. A autora traz à tona um tema pouco discutido e propõe medidas para combater o medo e o silenciamento dos professores. É um livro que pode ajudar a transformar a educação brasileira.