O Levante da Escola Militar 1920-1922 - Hélio Silva
649 palavras · 4 minutos tempo de leitura Biografias e Memórias Geografia e História Literatura Brasileira Romance
O Levante da Escola Militar 1920-1922 - Hélio Silva
O Levante da Escola Militar de 1922 foi um movimento estudantil que ocorreu na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, entre julho e novembro de 1922. O movimento foi liderado por um grupo de cadetes que se opunham ao governo do presidente Epitácio Pessoa e às reformas que ele estava implementando no Exército.
O levante começou em 5 de julho de 1922, quando um grupo de cadetes se rebelou contra o comandante da escola, general Cândido Rondon. Os cadetes tomaram o controle da escola e prenderam o general Rondon. Em seguida, eles emitiram um manifesto no qual expunham suas reivindicações, que incluíam a democratização do Exército, a melhoria das condições de vida dos cadetes e a redução do poder dos oficiais superiores.
O governo reagiu ao levante enviando tropas para cercar a escola. Os cadetes resistiram por vários dias, mas acabaram sendo derrotados em 11 de novembro de 1922. Os líderes do levante foram presos e condenados a penas de prisão.
O Levante da Escola Militar de 1922 foi um evento importante na história do Brasil. O movimento mostrou que os militares não estavam satisfeitos com o governo e que estavam dispostos a lutar por suas reivindicações. O levante também contribuiu para a politização dos militares e para o surgimento de movimentos nacionalistas e de esquerda no Brasil.
Causas do Levante
O Levante da Escola Militar de 1922 foi causado por uma série de fatores, entre os quais se destacam:
- A insatisfação dos cadetes com o governo do presidente Epitácio Pessoa. O governo de Pessoa era autoritário e repressivo, e os cadetes se sentiam oprimidos.
- As reformas que o governo estava implementando no Exército. As reformas de Pessoa visavam modernizar o Exército, mas os cadetes achavam que elas estavam destruindo as tradições militares.
- A influência das ideias nacionalistas e de esquerda que estavam circulando no Brasil na época. Essas ideias pregavam a necessidade de uma revolução para mudar o país, e os cadetes foram influenciados por elas.
Consequências do Levante
O Levante da Escola Militar de 1922 teve uma série de consequências, entre as quais se destacam:
- A prisão e condenação dos líderes do levante. Os líderes do levante foram presos e condenados a penas de prisão. Isso mostrou que o governo não estava disposto a tolerar a dissidência militar.
- A politização dos militares. O levante mostrou que os militares não estavam satisfeitos com o governo e que estavam dispostos a lutar por suas reivindicações. Isso contribuiu para a politização dos militares e para o surgimento de movimentos nacionalistas e de esquerda no Brasil.
- O fortalecimento do movimento estudantil. O levante mostrou que os estudantes eram capazes de se organizar e lutar por seus direitos. Isso fortaleceu o movimento estudantil e contribuiu para a sua importância na história do Brasil.
O Levante da Escola Militar de 1922 na Literatura
O Levante da Escola Militar de 1922 foi tema de várias obras literárias, entre as quais se destacam:
- O romance "A Fogueira", de José Lins do Rego. O romance conta a história de um grupo de cadetes que participam do levante.
- O conto "O Cadete", de Mário de Andrade. O conto conta a história de um cadete que é preso e torturado durante o levante.
- O poema "Levante da Escola Militar", de Carlos Drummond de Andrade. O poema homenageia os cadetes que participaram do levante.
Essas obras literárias ajudam a preservar a memória do Levante da Escola Militar de 1922 e a mostrar a importância desse movimento na história do Brasil.
Conclusão
O Levante da Escola Militar de 1922 foi um evento importante na história do Brasil. O movimento mostrou que os militares não estavam satisfeitos com o governo e que estavam dispostos a lutar por suas reivindicações. O levante também contribuiu para a politização dos militares e para o surgimento de movimentos nacionalistas e de esquerda no Brasil.