Na Poética da História - a Realização da Utopia Nacional Oitocentista - Francisco Moraes Paz

587 palavras · 3 minutos tempo de leitura Geografia e História Literatura Brasileira Biografias e Memórias Ciências Exatas/Engenharia e tecnologia

A Poética da História: a Realização da Utopia Nacional Oitocentista

O livro "Na Poética da História - a Realização da Utopia Nacional Oitocentista", de Francisco Moraes Paz, é uma obra que analisa a construção da identidade nacional brasileira no século XIX. O autor argumenta que a literatura e a historiografia desempenharam um papel fundamental na criação de uma narrativa nacional que legitimasse o poder das elites e promovesse a unidade do país.

A Construção da Identidade Nacional

O livro começa analisando a construção da identidade nacional brasileira no século XIX. O autor argumenta que a literatura e a historiografia desempenharam um papel fundamental na criação de uma narrativa nacional que legitimasse o poder das elites e promovesse a unidade do país.

A literatura, por meio de obras como "Iracema", de José de Alencar, e "O Guarani", de Carlos Gomes, criou uma imagem idealizada do Brasil, como um país paradisíaco e de grande potencial. A historiografia, por sua vez, por meio de obras como "História do Brasil", de Francisco Adolfo de Varnhagen, e "História Geral do Brasil", de João Manuel Pereira da Silva, construiu uma narrativa histórica que legitimava o poder das elites e promovia a unidade do país.

A Utopia Nacional Oitocentista

O livro também analisa a utopia nacional oitocentista, ou seja, o projeto de construção de uma nação brasileira independente e próspera. O autor argumenta que essa utopia foi construída com base em uma série de mitos e símbolos, como o mito do "bom selvagem", o mito da "terra prometida" e o mito da "raça superior".

Esses mitos e símbolos foram usados para legitimar o poder das elites e promover a unidade do país. O mito do "bom selvagem", por exemplo, foi usado para justificar a escravidão dos indígenas e a colonização do Brasil. O mito da "terra prometida" foi usado para atrair imigrantes para o Brasil e promover o desenvolvimento econômico do país. E o mito da "raça superior" foi usado para justificar a discriminação contra os negros e os indígenas.

A Realização da Utopia Nacional Oitocentista

O livro conclui analisando a realização da utopia nacional oitocentista. O autor argumenta que essa utopia foi realizada, em parte, com a proclamação da República em 1889. A República representou a ruptura com o passado colonial e a construção de um novo país, baseado nos princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

No entanto, o autor também argumenta que a utopia nacional oitocentista não foi totalmente realizada. A República não conseguiu resolver os problemas sociais e econômicos do país, como a pobreza, a desigualdade e a discriminação. Além disso, o país enfrentou uma série de crises políticas e econômicas, que abalaram a confiança da população na democracia.

Conclusão

O livro "Na Poética da História - a Realização da Utopia Nacional Oitocentista" é uma obra importante para entender a construção da identidade nacional brasileira no século XIX. O autor analisa de forma crítica a literatura e a historiografia da época, mostrando como essas áreas contribuíram para a criação de uma narrativa nacional que legitimasse o poder das elites e promovesse a unidade do país.

O livro também analisa a utopia nacional oitocentista, mostrando como essa utopia foi construída com base em uma série de mitos e símbolos. O autor argumenta que essa utopia foi realizada, em parte, com a proclamação da República em 1889, mas que não foi totalmente realizada devido aos problemas sociais e econômicos do país.

O livro é uma leitura essencial para todos aqueles que se interessam pela história do Brasil e pela construção da identidade nacional.