Crônica de Dom João VI - Paulo Napoleão Nogueira da Silva
Crônica de Dom João VI: Uma Aventura Real no Brasil
Autor: Paulo Napoleão Nogueira da Silva
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2020
Páginas: 560
Sinopse
Em 1808, a família real portuguesa desembarcou no Brasil, fugindo das tropas napoleônicas que invadiram Portugal. Dom João VI, a rainha Carlota Joaquina e seus filhos passaram 13 anos no Brasil, período em que o país viveu profundas transformações.
Paulo Napoleão Nogueira da Silva conta essa história de forma envolvente e bem-humorada, mostrando os bastidores da corte portuguesa no Rio de Janeiro e os principais acontecimentos da época, como a abertura dos portos às nações amigas, a criação do Banco do Brasil e a transferência da capital do Brasil para o Rio de Janeiro.
O príncipe que virou rei
Dom João VI nasceu em 1767, em Lisboa. Era o quarto filho do rei Pedro III e da rainha Maria I. Desde cedo, mostrou-se um príncipe inteligente e estudioso, mas também tímido e reservado.
Em 1788, casou-se com Carlota Joaquina, filha do rei Carlos IV da Espanha. O casamento foi arranjado e não foi feliz. Carlota Joaquina era uma mulher ambiciosa e manipuladora, que nunca se adaptou ao Brasil.
A fuga para o Brasil
Em 1807, as tropas napoleônicas invadiram Portugal. A família real portuguesa decidiu fugir para o Brasil, a única colônia portuguesa que não estava sob ameaça francesa.
A viagem foi longa e perigosa. A família real embarcou em uma frota de navios que partiu de Lisboa em novembro de 1807. A viagem durou mais de dois meses e foi marcada por tempestades e ataques de piratas.
A chegada ao Brasil
A família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro em março de 1808. A cidade era pequena e provinciana, mas a corte portuguesa logo transformou-a em uma capital movimentada e cosmopolita.
Dom João VI instalou-se no Paço Imperial, um antigo palácio dos governadores coloniais. A rainha Carlota Joaquina ficou no Palácio de São Cristóvão, um antigo convento. Os filhos do casal real foram alojados em outros palácios e casarões da cidade.
O governo de Dom João VI
Dom João VI governou o Brasil por 13 anos. Durante esse período, o país viveu profundas transformações.
Uma das principais medidas tomadas por Dom João VI foi a abertura dos portos às nações amigas. Até então, o Brasil era uma colônia fechada, e o comércio só era permitido com Portugal. A abertura dos portos permitiu que o Brasil comercializasse com outros países, o que impulsionou a economia.
Outra medida importante tomada por Dom João VI foi a criação do Banco do Brasil. O banco foi criado para financiar o comércio e a indústria brasileiros. O Banco do Brasil é hoje um dos maiores bancos do mundo.
Dom João VI também transferiu a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro. A transferência da capital foi motivada pelo crescimento econômico e político do Rio de Janeiro.
O retorno a Portugal
Em 1821, Dom João VI retornou a Portugal. A volta do rei foi motivada pela Revolução Liberal do Porto, que exigia o retorno da família real portuguesa a Portugal.
Dom João VI deixou o Brasil em abril de 1821. A rainha Carlota Joaquina e os filhos do casal real permaneceram no Brasil.
O legado de Dom João VI
Dom João VI deixou um legado importante para o Brasil. Suas medidas econômicas e políticas ajudaram a transformar o Brasil em um país independente e próspero.
Dom João VI também foi um grande incentivador da cultura e da educação no Brasil. Ele criou a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional e a Academia Real de Belas Artes.
Dom João VI foi um rei controverso, mas também foi um grande estadista. Seu governo deixou um legado importante para o Brasil, que ainda hoje é sentido.
Conclusão
Crônica de Dom João VI é um livro fascinante que conta a história de um rei que viveu uma vida de aventuras. O livro é bem escrito e bem-humorado, e é uma ótima leitura para quem se interessa por história do Brasil.